quinta-feira, setembro 28, 2006

World Trade Center - O Filme

Fui vê-lo no Domingo. Oliver Stone decidiu fazer um filme sobre o 11 de Setembro, o dia mais negro da história americana. Ao invés de pegar nos eventos mais terríveis desse dia, resolveu fazer um tributo ao "every-men", o comum dos mortais. E fá-lo sem recorrer a teorias da conspiração políticas ou económicas, optando por contar a história do ponto de vista de quem milagrosamente sobreviveu aos acontecimentos daquele dia.

A história, real, é muito simples - John MacLoughlin, sargento da Autoridade Portuária de NY, reúne uma equipa de 5 homens, para juntos subirem à torre 1 para ajudarem nas operações de salvamento. Não tiveram tempo. A primeira torre cai-lhes em cima, deixando-os encurralados nas galerias subterrâneas da praça central. A partir deste ponto o divide-se em 3 histórias distintas, mas complementares - a história dos 2 homens que ficaram subterrados e que tentam manter-se conscientes a todo o custo, para assim se manterem vivos; a história da angústia e desespero dos familiares; a história da mobilização de centenas de homens que se juntam para resgatar aquelas 2 almas do meio de uma pilha irreal de restos do que outrora tinham sido 2 dos edifícios mais altos do mundo.

No geral, o filme parece-me bom. Confesso que estava à espera de um filme mais polémico, vindo de quem vem. Mas não. Oliver Stone narra apenas uma história, sem tecer juízos de valor, nem chocar o espectador. O filme tem momentos de realização muito bons (as cenas iniciais, do começo do dia em NY, por exemplo), mas o final confesso que me fez lembrar um pouco os telefilmes dramáticos que fazem toda a gente chorar baba e ranho. Agradeço também o facto de Stone não ter usado as imagens batidas dos aviões a chocarem contra as torres ou das torres a cair - já toda a gente as viu, para quê mostra-las outra vez? Antes, WTC faz uso do som para nos dar a ideia da tragédia, o que a meu ver resulta muito bem.

Uma última nota para a representação. Estão boas, apesar de não deslumbrarem. Nenhum dos actores me conseguiu impressionar verdadeiramente. Excepção feita para Maggie Gyllenhaal (a mulher do policia Jimeno), de longe, a interpretação mais forte!

No geral, acho que vale a pena ir ver.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Sucesso


Nunca tinha visto a coisa deste prisma... mas ás tantas até é verdade!

segunda-feira, setembro 11, 2006

9/11

5 anos! Como o tempo voa! Lembro-me bem do que estava a fazer quando o desastre se deu... estava a almoçar com uns colegas, ali para os lados de Sintra. Estupfactos, sem preceber muito bem o contexto em torno das imagens, assistiamos ao espectáculo dantesco que eram as torres a arder. Lembrei-me de pensar: "Vai ser complicado apagar aquele fogo". Nem por um instante pensei que as torres fossem cair. Mas cairam. As 2. Como se de um castelo de areia se tratasse, não foi preciso mais do que alguns segundos para que tudo virasse pó. E com elas, cairam 2749 pessoas. Mães, pais, filhos, maridos, mulheres, companheiros... sem olhar a quem nem a porquê, todos foram ceifados, sem preconceito, sem aviso.

À noite, devorei as imagens vezes sem conta, vi e revi opinões, escutei teorias. Estava como que dormente, incrédulo com o que se estava a passar. E já passaram 5 anos! Parece que foi ontem! Hoje, multiplicam-se os documentários, exploram-se teorias mais ou menos recambolescas, acusam-se até os próprios EUA de terem causado todo aquele aparato por motivos económicos. Hollywood junta-se á festa, aproveita o grande potencial humano que envolveu os ataques do 11 de Setembro e lança cá para fora um filme brutal - O Voo 93.


Fui ve-lo na sexta-feira e saí de lá com a sensação de ter estado num avião prestes a despenhar-se num sítio qualquer. Sem apostar na lamechice, no fácil e no imediato, Paul Greengrass, o realizador, mostra-nos um relato fiel do que aconteceu ao único avião que não atingiu o seu alvo. Fazendo da câmera os nossos olhos, durante cerca de 2 horas, vemos em simultâneo a desorientação de uma nação que se mostrava impotente para perceber o que se estava a passar e para tomar medidas para evitar o pior, e o horror vivido pelos passageiros do voo 93 da United Airlines. Realista, forte e intenso, o filme, a meu ver, prima por não fazer uso dos cliches habituais neste tipo de filme. As cenas iniciais que nos mostram os pequenos nadas que fazem o início de cada um dos nossos dias, fazem com que sintamos que antes de se tornarem herois, aquelas pessoas são reais, não uma mera abstracção cinematográfica.

Honesto, este relato deverá ser visto por duas razões: para nos assegurar que os acontecimentos daquele dia não serão esquecidos e para nos lembrar que no meio de tanto horror e tragédia, há sempre lugar para um pouco de heroísmo.

Decididamente, um filme a ver!

Should I stay or should I go?

Esta foi, sem dúvida, a pergunta que mais me desgastou a mente durante os últimos tempos. Vou tentar explicar porquê.

Há certas alturas na vida em que somos confrontados com a necessidade de mudar, quer porque estamos fartos do dia a dia rotineiro que nos remete a um estado de semi-adormecimento, quer porque as situações que se nos deparam nos obrigam a isso. E mudamos! Que remédio temos nós!... Com mais ou menos tentativas lá nos adaptamos ás novas realidades, esforçando-nos sempre ver o lado positivo da coisa. O pior é quando nós até gostamos da vida que levamos e nos sentimos confortáveis com ela, sem alimentarmos a necessidade emergente de mudar, e uma decisão medonha se coloca bem à nossa frente... assim como quem vai numa estrada num qualquer fim de mundo e, de repente, surge uma bifiurcação estupida que nos obriga a virar á direita ou á esquerda, quando o que nos apetece mesmo é... seguir em frente.

Pois foi precisamente uma coisa dessas que me caiu à frente há uns dias. Assim, no meio do nada, perguntam-me: "Queres ir trabalhar para os EUA?". E eu: "Quê?". "Sim, gostamos do teu trabalho, achamos que podes usar as tuas capacidades ao serviço da nossa empresa nos States". Bem, perante isto, começa-se logo por ficar lisongeado com o facto. Depois, surge a questão: Ir ou não ir? A partir daqui, entra-se num processo altamente desgastante que é DECIDIR! Começamos por olhas para as coisas boas: a ideia até era gira - ir conhecer coisas novas, novas pessoas, novas culturas, novos modos de pensar e de trabalhar... já para não falar na parte monetária, que ajuda sempre. Ao mesmo tempo, porém toda uma série de razões para não ir surgem na nossa mente: familia, amigos, o medo e o desconforto causados pelo desconhecido, a solidão de estar longe... E nesse momento começa uma luta incansável entre os prós e os contras, em que cada um deles é pesado escrupulosa e detalhadamente, como se de um bem precioso se tratasse. Perdem-se noites de sono, o ritmo cardiaco altera-se, fala-se com 30 pessoas diferentes, fazem-se contas à vida, ouvem-se opiniões para ir e para ficar... e depois, por fim, chega o acto solitário de se decidir, em que somos nós, e apenas nós, que ficamos cara a cara com o momento da verdade...

E eu decidi: Vou! Mergulhar de cabeça. Partir rumo ao desconhecido. Consciente de que esta é talvez a decisão mais dificil que alguma vez tive que tomar.

Estou de partida em Novembro. Já sinto saudades vossas!

quarta-feira, setembro 06, 2006

Pronto, já tá!

Depois de muito ler sobre blogs e depois de ler muitos blogs, dei por mim a pensar: "Porque não?"... Afinal, um blog mais não é do que um escape do dia a dia frenético, confuso e rotineiro. Uma maneira fácil e confortável de deitar cá para fora aquilo que apetece dizer. E porque há sempre coisas que não se conseguem dizer, ou que ficam por dizer quando a ocasião, o estado de espírito ou o medo não o permite, achei piada à ideia e meti mãos à obra.

O processo de criação do blog, como muitas das coisas que me acontecem, não foi fácil. "O quê? Isso não custa nada!", pensam vocês. Pois, é verdade, mas eu sou um gajo complicado... até o mais simples eu consigo fazer com que seja a tarefa mais árdua do mundo - é uma coisa que leva anos a aperfeiçoar e não vale a pena lutar contra ela. Bem, os problemas começaram logo pela escolha do título. Queria uma coisa do tipo "xanaaaaaaaaaa!!!!!", que impressionasse e despertasse o interesse assim que se pusesse a vista em cima. Veio-me tudo à cabeça, menos algo interessante: "As minhas estórias", "Reflexos", "Impressões Digitais"... (eu tinha avisado que não eram interessantes!). Andei que tempos de volta do título e achei que já chegava! Piroso por piroso, escolhi este - Discurso Directo. Achei apropriado - aquilo que aqui vão ler mais não são do que discursos (de qualidade mais ou menos duvidosa, é certo!) contados na primeira pessoa, de forma directa. Pelo menos, é essa a ideia! A ver vamos quanto tempo isto vai durar.

O próximo passo foi registar o blog... Andei em 35 sites diferentes para escolher onde criar o belo do blog... Toda a gente usa (bem não é toda a gente, há uns 3 ou 4 que não usam) o Blogger... Pensei: não deve ser mau! Todo contente lá fui, preenchi n campos de informação redundante e quando chega á parte de dar o nome ao bébe, este nosso amigo responde "that name is not available. Please select another one". Ai não tá disponível???? Depois de tanto tempo a escolher o raio do nome, não o posso usar???? Fiquei podre! Curioso, fui visitar o blog que me estava a estragar todos os planos (discursodirecto.blogspot.com) - do piorio! Algum tóto lembrou-se de fazer um teste, em 2003, e nunca mais publicou o que quer que seja!!! Rai's partam!... Ao menos que fosse algo de interessante... Frustrado, lá tentei outro nome - emdiscursodirecto.blogspot.com... desta vez a coisa funcionou, sem problemas.

E assim, cá estou, na Bloggosfera, a bloggar, a postar comentários (isto é todo um mundo novo de palavras estranhas...medo!). Deixem-me também os vossos comentários, nem que seja para dizer - Olá!

Espero aqui por vocês. Isto sozinho não tem piada nenhuma.