segunda-feira, agosto 25, 2008

Prazer

Nunca me considerei um desportista, no verdadeiro sentido da palavra. É certo que desde pequeno estive sempre de uma forma ou de outra envolvido com actividades desportivas - seja por forca das fatídicas aulas de "educacao física" que insistiram em durar até ao 11 ano, seja pelas aulas de ginástica ao final de tarde nos pavilhoes do Vitória. Mas nunca foi algo que me desse prazer por aí alem... andar a correr de um lado para o outro, dar cambalhotas, jogar basket e outros desportos com e sem bola, sempre foi para mim, digamos interessante mas sem o factor tchan!  que fizesse de tais momentos algo de inesquecível. No meio deste contexto, porem, existe um desporto que para mim sempre foi, acima de tudo, um prazer:

 

natacao2

 

Nadar. Na imensidao do azul, apenas eu e agua, numa simbiose quase perfeita. Ha quem diga que nadar de parede a parede é uma chatice, monótono, sem accao. Para mim, nadar é o exercicio perfeito, o prazer de sentir o contacto com a água, é flutuar numa ausencia de peso, é ser livre no mais puro sentido da palavra. É uma sensacao de prazer enorme, resultado de uma entrega total em cada bracada. É poder libertar a mente de todos os pensamentos e angustias e apreciar a solidao e a calma que só se pode ter numa piscina imensa...

Foi tudo isso e muito mais que voltei a sentir na sexta-feira, o dia em que resolvi pegar em mim e mandar-me de novo para dentro de uma piscina, ao fim de um interregno de quase 2 anos. É claro que nao foi fácil. Os musculos, presos de tanta inactividade, acusaram o desgaste logo ao fim de uns minutos. Como diz a minha amiga S. estou "fraquinho", longe dos resultados de outros tempos...

Mas, afinal de contas, nao é isso que interessa. O que interessa apenas é poder voltar o mesmo prazer de sempre. Na imensidao do azul, eu e a água, numa simbiose quase perfeita.

sábado, agosto 23, 2008

O Regresso

Finalmente decidi-me a voltar á escrita. Já tinha saudades, confesso. Os ultimos posts, para alem de desinteressantes, foram demasiado pobres em palavras. Meras tentativas mais ou menos fugazes de me manter em contacto. A verdade é que a vontade tambem nao tem sido muita... algum cansaco, muito stress e viagens longas á mistura ajudaram a que os discursos nao fossem tao directos como o foram no passado.  Mas a escrita tem destas coisas e aparece quando menos se espera. Nem que seja só para dizer o que já se sabe ou disse...

E o que se passou durante este interregno? Nada de mais, que valha a pena relatar... As férias já lá vao. De tao distantes que estao, mais parecem uma miragem, algo que se deixou para tras há muito, que soube a pouco e que apetece tanto voltar a repetir. Mas foram boas. Desta vez, e para a contrariar a tendencia dos ultimos anos, resolvi fazer algo quebrar as regras e mandar com uma pedra ao charco - reservar 3 semanas inteirinhas só para mim. Pensar primeiro em mim e relegar o trabalho para segundo plano. Era essa a ideia, pelo menos... O que veio a provar ser contra-producente em termos profissionais, já que os chefes resolveram ligar de dois em dois dias para pontos de situacao desnecessários e para pedirem informacoes de conteudo pseudo-importante. Enfim, ossos de um ofício que encerra grandes responsabilidades, nem sempre proporcionais á satisfacao que de lá se retira.

É claro que nestas 3 semanas, impunha-se o regresso ás origens. Á família, aos amigos, aos lugares de sempre. "Tenho saudades tuas" foi a frase que mais se ouviu e disse. Apesar de triste é bom saber que fazemos falta. Que nao estamos esquecidos. Que ainda sabem quem somos. Reconforta de uma maneira estranha, que nao se explica - sente-se. Tal como de costume, nao houve tempo para tudo nem para todos. Ha sempre algo e alguem que fica para tras, com a desculpa de que para a próxima é que é...

Pelo meio, a terapia do mar. Visitaram-se as praias do costume, apreciou-se o sol que só se tem no nosso país. Olhou-se o mar em busca de repouso. Escutou-se o som das ondas em tardes que se fizeram lentas e repousadas. Recuperaram-se memórias de outros tempos, recarregaram-se baterias para os meses vindouros.

A terminar, uma viagem diferente pelos Alpes alemaes e austriacos, recheada de verde, neve, chuva, sol, muito riso e bons momentos e de uma visao muito real e proxima da história que se viveu na Europa dos anos 40. Mais pormenores, dentro em breve, aqui mesmo, no sitio do costume.

Depois, foi o regresso louco ao trabalho, com mais uma viagem precipitada ao país do sol nascente. Uma vez mais, uma experiencia estranha, intensa e muito desgastante. Duas semanas de muita discussao, debates e indefinicoes. De volta a casa, a vontade de desistir de tudo foi combatida com o sentimento de que vale sempre a pena tentar uma segunda vez, quanto mais nao seja para nos convencermos de que foi a decisao errada... a ver vamos o que os meses futuros trarao...

Sim, é bom estar de regresso á escrita. Agora que o verao acabou por estas bandas e que a chuva marca presenca constante, sabe bem voltar ás teclas como forma de escape e conforto. Ou, quanto mais nao seja, para fazer com que o tempo passe mais depressa...

terça-feira, agosto 12, 2008

É só para dizer...

... que já cá estou, depois de duas semanas intensas na terra do sol nascente! Tenho muito para contar, mas pouco tempo para o fazer.

O costume.

Prometo um regresso em breve. Em grande estilo.

Ou talvez nao!