Por incrivel que pareca, lá se passou mais um ano. Confuso, cheio de peripécias, intenso. Ao mesmo tempo, foi mais uma etapa de aprendizagem, talvez mais dura e agreste que a anterior, mas igualmente recompensadora. Aprendeu-se muito, uma vez mais - a nivel pessoal, profissional e emocional. Aprendeu-se a reconhecer os limites do que pensamos ser e do que somos, de facto. Aprendeu-se que nem sempre se é bom naquilo que julgamos ser. Aprendeu-se que há coisas em que efectivamente nao gostamos de trabalhar.
Com esta etapa termina tambem a minha experiencia internacional. Estou de regresso a casa - e que bem que isso sabe. Depois de quase 2 anos e meio a correr de pais em pais e de continente em continente, vai ser bom voltar as raizes, ás pessoas de sempre, aos habitos de outrora. Vai ser bom voltar a sentir o reconforto do que é conhecido e familiar... as imagens, os sons, as pessoas, os lugares que fizeram todo este tempo trago-os comigo bem vivos. Para mais tarde recordar, claro. Cresci muito como pessoa, por influencia de todos os lugares que visitei e das pessoas que conheci. Creio que talvez tenha sido esse o maior dividendo que levo desta jornada.
A nivel profissional, comeco em breve outro desafio - o de trabalhar em casa. Nunca pensei que fosse passar por esta modalidade, mas confesso-me entusiasmado. Vai-me fazer falta o contacto humano, mas vai-me dar muito gozo poder trabalhar de pantufas! Nao ter que enfrentar o transito todas as manhas! Nao perder tempo em reunioes chatas! Nao aturar o chefe quando este está em dia nao! Vai ser diferente, apenas. E acima de tudo, algo diferente é tudo o que me apetece abracar neste momento. As viagens por esse mundo vao continuar, mais reduzidas, é certo, mas frequentes o suficiente para continuar a alimentar o espirito de globe trotter deste que vos escreve.
Hoje foi o ultimo dia, e como de costume, deixou um amargo de boca, misturado com um alivio temporário. Estou de regresso ao activo daqui a pouco mais de 2 semanas. Pelo meio, a viagem de regresso - longa, calma, sem pressas. Feita a visitar lugares que ainda nao se conhece, por estradas e caminhos que condizirao, eventualmente, a casa. E como numa viagem a musica é ingrediente indispensavel, nao me consigo lembrar de melhor musica para ilustrar este regresso, que esta:
Assim sendo, até breve, num lugar bem perto de si!
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