terça-feira, junho 12, 2007

Nelly Furtado - in Concert

Ontem foi dia de concerto aqui por estes lados - Nelly Furtado trouxe a Detroit, mais propriamente a' Detroit Opera House, a sua digressao Get Loose, baseada no seu mais recente album, Loose. Confesso que ir a um concerto da Nelly Furtado nao era das coisas mais imediatas que me passariam pela cabeca. Mas como tinha comprado o seu ultimo trabalho e tinha gostado bastante, pensei 'Olha! Ate e' capaz de nao ser ma' ideia... Se ela misturar o novo com os exitos do passado, a coisa ate' pode ficar bem engracada'.

E assim foi. La' comprei o belo do bilhete e a' hora marcada la' estava. Comecemos por descrever o ambiente: a Opera House e' um edificio lindissimo, creio que do seculo passado, cujos interiores estao impecavelmente cuidados e fazem lembrar os tempos em que as familias aristocratas faziam da ida a' Opera um acontecimento. Enormes lustres, paredes com pinturas decorativas e escadarias de madeira macica fazem com que pareca que estamos a recuar no tempo umas boas decadas. A sala de espectaculos nao e' muito grande - devera' ser do tamanho da Aula Magna, em Lisboa - sendo ideal para concertos mais intimistas (deviam estar ai umas 2500 pessoas). E o que dizer do povo americano em dia de concerto? Uns cromos, so' vos digo. A comecar pelas senhoras. Parece que vao para um evento importante, estilo casamento ou coisa parecida. Onde e' que ja se viu ir a um concerto de salto alto, vestidinho e pochete? Poucas eram as pessoas que eu vi que estavam apropriadamente vestidas... enfim, culturas!

E' claro que quando se fala de Nelly Furtado, fala-se inevitavelmente de Portugal. E Portugal marcou presenca no evento, o que tambem foi para mim uma surpresa (mostrando que sim, e' verdade, os tugas estao em todo o lado). Bandeiras portuguesas eram pelo menos 4 e as camisolas dos Ronaldos e dos Pauletas viam-se em numero consideravel (ou seja, ai' uma meia duzia!).


Falemos do concerto propriamente dito. A primeira parte foi feita por uns senhores que nao me diziam rigorosamente nada. Nao percebi quem eram, nao reconheci nenhuma das suas musicas, tocaram durante 25 minutos e foram-se. A malta agradeceu eles terem-se ido embora. As 9 em ponto, a luso-canadiana sobe ao palco a cantar 'Say it Right', dando inicio a quase 2 horas de muita musica, animacao e danca. Seguiram-se exitos como 'Powerless', 'Turn out the Lights' e 'Glow'. Depois segui-se a parte mais slow do concerto, com as baladas da praxe, estilo 'In God's Hands', 'All Good Things', e 'Try' (cantado muito devagarinho), que apesar de ser muito boa, pecou apenas por ter sido enaixada muito cedo no alinhamento. La pelo meio, uma surpresa, pelo menos para mim: uma versao calma e latina de 'Crazy', tema altamente dancavel, popularizado por Gnarls Barkley. A partir daqui foi sempre a abrir ate' ao fim - 'I'm like a bird' (cantado em versao rock), 'Forca' (que bom que foi ouvir isto... ai as saudades de Portugal!), 'No Hay Igual', 'Promiscuous' e 'Maneater', tocado com uma pujanca inesperada, que veio provar que a senhora esta longe de ser um passarinho. E' mais e' 'Ca Ganda Maluka'. Mas o concerto acabou por resultar muito bem, uma vez que os diversos ritmos que caracterizam a musica da cantora - pop, rock, latina, disco - estavam la' todos bem misturados, num concerto bastante bem ensaiado e mecanizado, mas onde havia espaco para o improviso.

E foi assim a minha primeira experiencia musical aqui em terras americanas. A primeira de varias, porque aqui o verao musical promete ser animado. Comprados ja estao os bilhetes para Sheryl Crow, Suzanne Vega e Genesis. A ver vamos se mais virao...

A terminar, deixo-vos aqui o videoclip daquela que e' a musica que mais me encheu as medidas deste ultimo album da 'Nellynha': All Good Things (Come to an end), que para alem de ser um belissimo tema, traz-nos a' lembranca que, em todas as areas da nossa vida, tudo o que e' bom, acaba depressa.


2 comentários:

Anónimo disse...

Eu gosto bastante de Nelly Furtado. E pelo que dizes, parece-me que o concerto dela foi bom. Fixe! Fiquei pasmada com a roupinha que o pessoal local envergava... eheheheheheh. Eles devem ter uma oferta de concertos bem maior que a nossa mas aparentemente levam-nos muito mais a sério que nós. Eu fui ao festival Oeiras Alive ver os Smashing Pumpkins no passado sábado e digo-te... quanto mais relax, melhor!!
Beijos

Anónimo disse...

Falta-te o powerless com os trajes tipicos portugueses:))))