De regresso a terras germanicas, ainda com a cabeca a ajustar-se ao novo fuso horário, eis que chega o fim de semana e, ao mesmo tempo, a data para o primeiro concerto do ano. Pois é, 2008 tem sido uma pobreza no campo da musica - dos Coldplay aos REM, passando pela Allanis Morrissette, perdi todos os concertos possiveis e imaginaveis que por aqui passsram neste verao. Ou por ja nao haver bilhetes, ou porque o dia nao era o melhor, ou simplesmente porque era longe. Acontece. Mas quando soube que James Blunt ia tocar aqui bem perto, em Oberhausen (essa bela localidade), dei comigo a pensar "Ora aí está uma boa maneira de passar uma noite". Gosto bastante da musicalidade e das letras deste jovem, um ex-oficial do exercito ingles, que se resolveu dedicar à musica e que conheceu a fama em 2004, com o lancamento de "Back to Bedlam", pelo que resolvi nao deixar passar a oportunidade.
E assim foi - ontem la estava, na König-Pilsener Arena, um espaco estilo Pavilhao Atlantico, so que com metade do tamanho. Casa cheia, muito animada, com pessoas de todas as faixas etárias, muitos casais, muitos grupos de senhoras sozinhas (gandas malukas!), muita gente de várias nacionalidades á espera de ver o que a noite prometia.
A primeira parte do concerto comecou cedo - ás 7 e 45 - com um trio de jovens que, embora animados, ninguem conhecia. Os "Zés", como lhes vou chamar porque nao sei de quem se tratavam, tinham assim um som estilo musica rock portuguesa dos anos 80, na onda dos Taxi, dos Salada de Fruta e outros que tal. De aparencia, assemelhavam-se aos Beatles (!) e abanavam a cabeca como se dos Nirvana se tratassem. Combinacao interessante. A musica nao era ma de todo, mas os "Zés" nao agarraram a malta. Tocaram 45 minutos e bazaram. A malta agradeceu.
AS 9 em ponto, James Blunt e respectiva banda sobem ao palco, para aquele que seria um desfilar de temas bem conhecidos. A abertura foi algo inesperada, com uma musica nova, a que se seguiu "Wisemen", "High", "Billy" e um "I really want you" cantado quase á capela e propositadamente baixo, que o publico teve que se silenciar para poder ouvir. Algo bastante original, diga-se. Original e muito forte foi o momento de "No Bravery", tocado simplesmente ao piano, enquanto passvam nos dois videowalls imagens do Kosovo em 1999, aquando da passagem de Blunt pelo conflito.
Momentos mais animados regressaram com "Give me some love", "I'll take everything" e "Carry you home". Seguiram-se uma musica nova - Love, love, love - e "Cuz I love you" em que o senhor desata a dancar no cimo do piano e resolve, ja no final da musica, avancar literalmente para o meio da assistencia (passando a menos de 1 metro de mim), atravessar a arena inteira e ir instalar-se num piano colocado no meio do recinto. Aí contou "You're beautiful", "Goodbye my Lover" e "Out of my mind". O publico, bem conhecedor das letras, acompanhava cada uma delas de forma animada e afinada... De regresso ao palco, e para terminar a parte principal do concerto, brindou-nos com um "So long Jimmy" bastante poderoso, umas decimas acimas do original. Para o encore, ficaram "One of the Brightest Stars" (a musica de que mais gosto), "Same Mistake" e 2 horas depois de comecar, o rapaz despediu-se com "1973", em que umas bolas de cristais prateadas, estilo anos 70, deram um ar muito disco ao recinto.
Valeu bem a pena. A terminar, aqui fica "Cuz I love you", uma cover dos Slade, e que me parece sinceramente uma boa aposta:
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