segunda-feira, setembro 11, 2006

Should I stay or should I go?

Esta foi, sem dúvida, a pergunta que mais me desgastou a mente durante os últimos tempos. Vou tentar explicar porquê.

Há certas alturas na vida em que somos confrontados com a necessidade de mudar, quer porque estamos fartos do dia a dia rotineiro que nos remete a um estado de semi-adormecimento, quer porque as situações que se nos deparam nos obrigam a isso. E mudamos! Que remédio temos nós!... Com mais ou menos tentativas lá nos adaptamos ás novas realidades, esforçando-nos sempre ver o lado positivo da coisa. O pior é quando nós até gostamos da vida que levamos e nos sentimos confortáveis com ela, sem alimentarmos a necessidade emergente de mudar, e uma decisão medonha se coloca bem à nossa frente... assim como quem vai numa estrada num qualquer fim de mundo e, de repente, surge uma bifiurcação estupida que nos obriga a virar á direita ou á esquerda, quando o que nos apetece mesmo é... seguir em frente.

Pois foi precisamente uma coisa dessas que me caiu à frente há uns dias. Assim, no meio do nada, perguntam-me: "Queres ir trabalhar para os EUA?". E eu: "Quê?". "Sim, gostamos do teu trabalho, achamos que podes usar as tuas capacidades ao serviço da nossa empresa nos States". Bem, perante isto, começa-se logo por ficar lisongeado com o facto. Depois, surge a questão: Ir ou não ir? A partir daqui, entra-se num processo altamente desgastante que é DECIDIR! Começamos por olhas para as coisas boas: a ideia até era gira - ir conhecer coisas novas, novas pessoas, novas culturas, novos modos de pensar e de trabalhar... já para não falar na parte monetária, que ajuda sempre. Ao mesmo tempo, porém toda uma série de razões para não ir surgem na nossa mente: familia, amigos, o medo e o desconforto causados pelo desconhecido, a solidão de estar longe... E nesse momento começa uma luta incansável entre os prós e os contras, em que cada um deles é pesado escrupulosa e detalhadamente, como se de um bem precioso se tratasse. Perdem-se noites de sono, o ritmo cardiaco altera-se, fala-se com 30 pessoas diferentes, fazem-se contas à vida, ouvem-se opiniões para ir e para ficar... e depois, por fim, chega o acto solitário de se decidir, em que somos nós, e apenas nós, que ficamos cara a cara com o momento da verdade...

E eu decidi: Vou! Mergulhar de cabeça. Partir rumo ao desconhecido. Consciente de que esta é talvez a decisão mais dificil que alguma vez tive que tomar.

Estou de partida em Novembro. Já sinto saudades vossas!

3 comentários:

Anónimo disse...

Pois é...parar é morrer!
As mudanças fazem bem, fazem-nos sentir vivos.
Tenho a certeza que vais ter muito sucesso.
Desejo-te toda a sorte do mundo na tua nova aventura.
Beijinhos da amiga tb "emigras" em Londres!

Anónimo disse...

Foi certamente uma decisão muito dificil mas acredito que tenhas feito a melhor decisão. Oportunidades destas não surgem sempre e a vida é para viver!
Muita sorte e felicidade nesta nova fase que se inicia para ti! Beijinhos da Claudia

Anónimo disse...

Em frente é o caminho!!!
Força, tenho a certeza que te vais dar muito bem!
Constrói a tua felicidade, é de ti que ela depende em primeiro lugar!!!
Muitos beijinhos de uma anónima LOL