sexta-feira, março 23, 2007

Mais uma viagem atribulada

Pronto. Tinha que acontecer mais uma vez. Eu ate' ja' andava a estranhar. Tanta viagem sem perder malas, nao me costuma acontecer muitas vezes. Desta vez, voltou a acontecer. Depois de nao sei quantas horas de viagem (cerca de 20, desde que saimos de casa ate' aterrar em Detroit), depois de passar pela malta da Immigration and Customs, depois de muito procurar, constatamos que uma das malas (por sinal, a maior), nao tinha chegado. Estava em parte incerta, algures por esse planeta.

Segue-se o procedimento habitual - fazer a queixa. Dizer de onde vim, qual o percurso, descrever a mala. Quanto tempo? 24 horas. Se nao chegar, ligar para saber novidades. O costume. La continuamos viagem, resignados. O cansaco nao permite muito mais.

O interessante no meio disto tudo e' a sequencia de estados de espirito que atravessamos num curto espaco de tempo. Primeiro, e' a sensacao de puro desconsolo que se sente pelo facto de as nossas coisas nao estarem connosco, de nao sabermos onde estao, se alguem as levou por engano, se alguem ficou com elas de proposito, se alguma vez as voltaremos a ver. Depois pensamos na parte material da coisa e comecamos a fazer contas - revemos mentalmente o que la temos dentro, quanto custou, etc e depressa ultrapassamos os 500 euros, numa boa. Por ultimo, vem a parte nostalgica, que nos leva a pensar no valor sentimental das nossas coisas - onde compramos certa peca, quem nos ofereceu, onde a usamos...

Enfim, e' ficar a' espera. Ja passaram 24 horas e ainda nada.

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