terça-feira, abril 08, 2008

4 Paises, 2 Continentes, 9 Fusos Horarios, 15 horas em Avioes… tudo em 48 Horas!!!

Domingo, 23 Marco, 15h30 – Lisboa, Portugal

Apos uns dias de relax e de muitas actividades para recarregar baterias, é tempo de voltar á rotina e partir para novas batalhas. Assim sendo, de malas feitas e de almoco tomado, la me pus a caminho da Portela. Destino, Amesterdao (a viagem para la foi substancialmente mais barata do que ir via Alemanha). Para tras ficam mais uma vez boas memorias, uma temperatura de quase 20 graus e a certeza de um tempo muito bem passado.

Domingo, 23 Marco, 20h00 – Amesterdao, Holanda

Voo sem complicacoes, on time, com as malas a chegar sem problemas. Paragem estrategica para um Whooper no Burger King e vá de apanhar o shuttle para o parking onde tinha deixado o bolide. Depois de largar 85 euros para pagar o parque (arggggh!), la me fiz á estrada, com destino a Osnabrueck. É uma viagem relativamente fácil de se fazer, sempre com a ajuda preciosa da minha amiga do GPS. Por aqui, nesta altura, a temperatura rondava os 2 negativos e nevava como se nao houvesse amanha. Mas nem por isso se tornou numa travessia menos agradavel. No I-Pod, os mais recentes de David Fonseca, James Blunt e Suzanne Vega fizeram a banda sonora das próximas duas horas e meia.

Domingo, 23 Marco, 23h00 – Osnabrueck, Alemanha

A viagem decorreu sem incidentes. Esta coisa de ter GPS é um mimo, nao ha como a malta se perder. É so introduzir o destino, e a senhora diz-nos o que fazer, onde virar, qual o destino a seguir. Mesmo que nao se cumpram as instrucoes, ela nao se chateia, antes trata logo de procurar um caminho alternativo para chegarmos em condicoes. Conheco muito boa gente a quem uma geringonca destas fazia muita falta... Mas, adiante. A neve fez companhia durante parte do percurso, mas desapareceu ao atravessar a fronteira alema.

Ao chegar a casa, tempo para os telefonemas da praxe, um banho quente e 11 horas de sono, que so terminaram na manha (quase tarde) seguinte.

Segunda, 24 Marco, 16h00 – Osnabrueck, Alemanha

Depois de arrumadas as ultimas coisas, eis que chega a hora combinada para me encontrar com um colega que me acompanharia na viagem ao fim do mundo, que é como quem diz, ao Japao. Objectivo: reunioes, reunioes, mais reunioes, na tentativa de por alguma ordem num projecto que nao tem ido a lado nenhum nos últimos tempos. Quem trabalha com SAP sabe do que estou a falar... vamos com o proposito de alertar uma vasta equipa para o que deles se espera nos proximos tempos... nao vai ser facil, mas logo veremos o que conseguiremos alcancar.

A partida faz-se do Aeroporto de Muenster/Osnabruck, com destino primário em Frankfurt. A nós junta-se mais uma colega, que aproveita a nossa companhia para tambem ela passar uma semana inteira de reunioes e muitos ficheiros de excel.

Segunda, 24 Marco, 19h00 – Frankfurt, Alemanha

Detesto o aeroporto de Frankfurt. É feio, velho, confuso, pouco pratico. Ja por ca passei inumeras vezes e tenho sempre esta sensacao. Alem disso, as lojas nao sao nada de jeito. O tempo demora a passar por aqui. Felizmente a espera nao foi muito grande. Houve apenas tempo para um Cappuccino demorado antes do embarque. Pela frente estavam quase 12 horas de voo, em classe turistica, na companhia ANA, que se revelou uma muito agradavel surpresa. Os avioes sao confortaveis, a comida aceitavel, o servico de grande qualidade, ou nao fosse ela uma companhia japonesa. O "on-flight entertainment" era aceitavel, ajudou a passar o tempo... que insiste em passar muito, muito devagar. Dormir é coisa dificil quando o espaco nao é muito, por isso nao me restou grande alternativa do que ocupar o tempo de outras formas.

Segunda, 25 Marco, 16h00 – Tokyo (Narita), Japao

Chegados ao destino, seguem-se os tramites normais de alfandega. Passaporte, formularios, impressoes digitais, foto. Processo muito simples e rapido, ao contrario do que acontece, por exemplo, nos Estados Unidos. Resgatada a bagagem, passagem por mais um ponto de controle, onde sao feitas buscas aleatorias à bagagem. Nao foi necessário. Necessário sim, era ir à casa de banho, porque depois de tanta hora, nao há quem resista.

Mas apesar de estarmos já em terras japonesas, ainda nao estavamos propriamente no fim da viagem. O nosso hotel ficava em Ebina, nos suburbios de Yokohama, a duas horas e meia de Narita, onde se encontra o aeroporto internacional de Tokyo. Assim sendo, lá tivemos que embarcar num autocarro até Sagami-Ono, onde depois apanhariamos o metro até ao hotel.

Este troco da viagem foi bastante confortavel, para alem de permitir recolher as primeiras imagens de uma nacao totalmente diferente do que conhecemos e aceitamos como "normal". Passar pelo sono foi inevitavel, mas aqui e ali pude ir acordando para poder apreciar a envovencia da noite que entretanto ia caindo. Num desses momentos estavamos a passar ao largo de Tokyo, onde se pode observar uma magnifica "skyline", comparavel a muitas cidades americanas. Daqui a uns post poderao ver do que vos falo...

Segunda, 25 Marco, 20h00 – Sagami-Ono, Japao

Por esta altura, estavamos ja debaixo de um jet-leg poderossimo. A diferenca horária para Portugal sao 9 horas (a mais) e, uma vez que se viaja para Este, tem um efeito fisico que se sente com mais intensidade. As forcas tambem ja comecavam a faltar, pelo que a decisao unanime de apanhar um táxi nao foi surpresa.

Surpresa sim, foi a viagem em si, para mim uma das mais estranhas e alucinantes de sempre. O taxista parecia ter vindo da Quinta Dimensao. Falava connosco ora em Japones ora Ingles, por vezes misturando as duas numa estranha lingua que so ele entendia. O taxi devia ter ai uns 20 anos, com as portas a fazer um valente "pum’ ao fechar. As malas nao cabiam todas na bagageira, mas isso nao deteve o senhor... nao da para fechar, mas da para atar cum um cordelinho... Por momentos (que se voltaram a repetir mais tarde) pensei que estava na China.

O meu colega (que ja ca viveu durante 6 meses) fez-lhe companhia no banco do pendura, quando nos os dois iamos trocando olhares cumplices de riso e alguma estranheza, perante tal cenario. Uma maneira interessante de acabar um dia muito, muito longo...

Segunda, 25 Marco, 20h30 – Ebina, Japao

Finalmente, o hotel. Era tudo o que mais se desejava. Tempo para check in, um duche rapido, e de partir em busca de um jantar rapido. Uma pizzaria uns metros mais á frente veio mesmo a calhar. Seria a primeira de muitas interessantes e ricas experiencias gastronomicas de que vos falarei mais tarde...

O dia seguinte seria palco da primeira prova de fogo profissional e avisinhava-se tambem ele muito longo. Por isso, dormir era imperativo. Ao enconstar a cabeca na almofada, nada mais pude que pensar do que "Finalmente, vou poder descansar"!

1 comentário:

Nuno Dionisio disse...

Como te compreendo e relembro a minha viagem sozinho, de 17 horas + 7 dif. horária para Macau... mas eu cheguei de manhã e só quebrei às 10 da noite (mas eu dormi no avião :p)...