sexta-feira, setembro 26, 2008

Mamma Mia!

Este ano tem sido fraco em idas ao cinema. Isto de estar num país em que nao se entende patavina do que se diz, nao ajuda. Para já nao dizer que por aqui sao raros os cinemas que exibem os filmes na versao original. Assim sendo, resta-me matar o bichinho da setima arte em duas situacoes - ou quando vou a Portugal, ou num desses voos intercontinentais em que de vez em quando embarco.

Ora, sendo que o passado fim de semana foi passado em Casa, é claro que nao perdi a oportunidade para ver mais um filme. A escolha, desta vez, recaiu no mais ou menos óbvio filme do momento:

mamma_mia

Mamma Mia!, a adaptacao ao cinema do musical com o mesmo nome, que desde a sua estreia, em 1999 em Londres, cativou audiencias um pouco por todo o mundo. Quando o vi no Pavilhao Atlantico aqui há uns anos, gostei imediatamente da história e do conceito. Contar uma história APENAS com as musicas de uma banda, seja ela qual for, é obra. É obra torna-la interessante, divertida, facil de seguir e acima de tudo, que seja puro entretenimento. Ora, Mamma Mia! reune isso tudo e muito mais. Com uma banda sonora que todos mais ou menos conhecemos (nem que seja como "guilty pleasure" ja todos cantarolamos as musicas dos ABBA - admitam!), nao ha musica que nao de vontade de saltar para as alas da sala e abanar o capacete. O entusiasmo da senhora que estava á minha frente era tanto que as tantas pensei que fosse bater palmas no final... Dancing Queen, Super Trouper, One of Us, Waterloo, The winner takes it all, e muitas muitas mais - estao la todas, é so conferir.

O mais interessante nisto tudo é a maneira como a historia foi criada por forma a incorporar tanta musica aparentemente diferente e sem ligacao. O argumento (tirado a papel quimico do musical original) roda em volta de uma jovem que tem o desejo de conhecer o pai, que nunca conheceu. Aproveitando a ocasiao do seu casamento, resolve convidar 3 potencias candidatos para serem seus pais, que entretanto descobriu num velho diario da sua mae. De forma um pouco inesperada, todos decidem aceitar o convite... e está armado o circo para a confusao...

O leque de actores é muito rico, a comecar com Meryl Streep, Colin Firth e Pierce Brosnan, todos eles com intrepertacoes muito simples, mas que funcionam muito bem. Todos se aventuram a cantar, uns mais que outros. Streep faz grande parte do trabalho de cantorias (e sai-se muito bem) sendo que Brosnan e Firth nao se arriscam muito, e a malta agradece, uma vez que os seus aparelhos vocais nao sao, digamos, potentes... Tambem nao deixa de ser interessante ver uma das melhores actrizes de todos os tempos, ja nao tao nova como isso, aos saltos que nem uma maluca em cima de uma cama, coberta de plumas ou envergando uns catitas trajes dos anos 70, com umas boots a condizer.

As paisagens sao lindissimas, ou nao fosse a accao passada numa das muitas ilhas gregas. As coreografias sao simples, mas entreteem, e no fundo, é isso é que interessa. Enfim, sao 100 minutos que valem os 5 euros e 30 centimos do bilhete. Para quem ainda tem duvidas, aqui fica um cheirinho:

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