terça-feira, julho 03, 2007

Pirilampos no quintal

Cheguei a casa hoje pouco passava das 9 e meia, depois de um dia relativamente banal, sem grandes novidades. Vespera de feriado, o dia fora mais ou menos puxado no trabalho, na tentativa de se compensar as horas que amanha nao serao de trabalho. Caminhava lentamente para a minha casa, aproveitando o ar quente do crepusculo que lentamente se instalava. Os meus olhos nao procuravam nada de especial, mas a certa altura, vejo sobre a relva e bem a' minha frente luzes amarelas. 'Eh pa, tas mesmo cansado, ja andas a ver pontos amarelos! Este feriado vem mesmo a calhar'!, pensei.

Um olhar mais atento para os pontos amarelos, revelou que estes se mexiam com uma graciosidade e com uma lentidao incomum. E tantos que eram... apareciam e desapareciam passados segundos, com uma suavidade e cadencia agradavel. Depressa percebi que nao eram fruto do meu cansaco - eram, na verdade Pirilampos. Foi a primeira vez que os vi. Ha muito que ouvia falar neles, mas eram para mim como uma lenda urbana - aquelas coisas de que ouvimos falar, mas que nunca tivemos o privilegio de ver de perto... e com o tempo, perdemos a esperanca de alguma vez vir a ver.

Fiquei parado nao sei quanto tempo, de chave na mao, a apreciar a danca das luzes que se desenrolava ali bem perto. Soube bem. Simples, autentico, unico. Uma memoria a reter.

2 comentários:

Nuno Dionisio disse...

Ai estes miúdos da cidade que nunca foram ao campo... E gambozinos, alguma vez viste??? :-p

Anónimo disse...

eu cà acho que já valeu a pena ir ao páis dos "gigantes" para se deslumbrar com umas coisas tão "pequenas".... só mesmo na América. Beijos...só beijos sem luzes amarelas...