sexta-feira, outubro 12, 2007

Suzanne Vega, in concert

Depois da maratona que foi escrever sobre as ferias, ha que por em dia uns posts que andam seriamente atrasados. Resolvi comecar com o relato do fim de semana mais musical dos ultimos tempo - o ultimo de Setembro, em cujas noites tive a oportunidade de desfrutar de dois concertos fantasticos. O primeiro, foi o desta senhora:


Suzanne Vega. Ha ja bastante que aprecio muito a sua musica. A voz, suave e doce, a sonoridade, tao depressa experimental, tao depressa simples, as letras, profundas e tocantes, fazem com que escuta-la seja um daqueles prazeres que se prolonga no tempo, ao longos dos anos. Nao e' uma artista de massas, claramente. Nao tem albums que sejam exitos brutais de vendas. Nao da concertos megalomanos... Poucos sao os que realmente a conhecem... mas quem gosta, quase sempre gosta muito. Costumo compara-la a' nossa Mafalda Veiga, com as devidas distancias. Ambas desprovidas de qualquer pretensao, apenas precisam de uma guitarra e musicas que nos enchem a alma, para nos servir uma noite muito bem passada.

Fui ve-la a' cidade de Ann Arbor, na sala de espectaculos mais intima que ja visitei - The Ark. Nao seriamos mais de 200 pessoas, dispersas a volta do palco. A proximidade era tal, que nao devo ter ficado a mais de 3 metros do palco. Com uma acustica fantastica (nao sei como, numa sala tao pequena), estava criado um ambiente para que, no meio de muitas cancoes, Suzanne Vega abrisse espaco para contar pequenas historias relacionadas com o 'porque?' de algumas cancoes, para interagir com o publico, para responder a questoes.

A tournee que a faz presentemente passear pelo pais e pelo mundo esta' baseada no seu mais recente album - Beauty & Crime - um trabalho dedicado a' dualidade existente na cidade de Nova Iorque, cidade de onde a cantora vem (um album muito bom, aconselho; podem ouvi-lo aqui). Mas la pelo meio houve tambem lugar aos exitos de sempre. Comecando o concerto com um 'Tom's Diner' cantado a' capela, seguiram-se 'Marlene on the Wall' (dedicado ao poster de Marlene Dietrich que ela tinha na parede do quarto), '99.9 F', 'Caramel', Gypsy, 'Left of the Center', 'Blood Makes Noise', '(I'll never be your) Maggie May', 'In Liverpool' e claro, 'Luka'. O concerto terminou 2 horas depois, com dois encores, por onde passaram 'Rosemary' e 'Small Blue Thing', a fechar. Para mim, so ficou mesmo por tocar o 'The Queen and The Soldier'...

Gostei muito - pela simplicidade, pela forte presenca em palco, pela musica. Pela calma que transmitiu, pelo prazer que proporcionou. Pelo sentido de humor apuradissimo... Deixo-vos com aquela que e' a minha musica favorita das muitas com as quais me relaciono no reportorio de Vega - Gypsy (so peco desculpa pela piroseira das imagens, mas foi o que se conseguiu):



No dia seguinte, la estava eu, pronto para mais um concerto, desta vez para relembrar as emocoes de ha 15 anos...

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