terça-feira, outubro 02, 2007

Washington, do Holocaust Museum ao Capitolio...

O terceiro dia na capital comecou cedo. Demasiado cedo - estilo 8 horas - o que, convenhamos, quando se esta de ferias, e' cedo. A ideia era chegar antes de toda a gente ao Washington Monument, para conseguir uma borla para subir ao topo.



La conseguimos, depois de alguma espera, o ingresso que nos levou ao cimo do pinaculo. Depois de passar um rigoroso sistema de seguranca, envolvendo detectores de metais e tudo, la apanhamos o belo do elevador. Ja la em cima, pudemos espreitar a cidade do alto, atraves de umas janelitas um tanto ou quanto para o pequeno - mas se tivermos em conta que no pinaculo tambem nao e' muito largo, e' o melhor que se pode arranjar. A vista e' belissima e la' de cima reconhecem-se facilmente todos os pontos turisticos da cidade.


A paragem seguinte fez-se num dos pontos altos da visita, quanto a mim - o United States Holocaust Memorial Museum. Ja muito se falou sobre o Holocausto. Ja se fizeram muitos filmes e escreveram muitos livros sobre o drama da segunda guerra mundial. Ja ouvimos relatos incriveis sobre o que foi (sobre)viver perante tal ameaca. Ja se falou tanto, que as vezes se pode pensar que e' um assunto batido. Mas nao e' - longe disso. E visitar este museu prova isso mesmo. Logo no inicio da viagem, somos convidados a levantar um passaporte, com a identidade de uma das vitimas do Holocausto. Durante o tempo que andamos no museu, somos aquela pessoa e tentamos relacionar tudo o que estamos a ver e a ouvir com a mini-biografia que temos nas maos. Interessante.


Estruturado em 3 andares, este autentico memorial mostra-nos todo o drama do Holocausto, desde a ascencao ao poder de Hitler, passando pela 'limpeza etnica' e pela libertacao dos campos de concentracao no final da guerra. Tudo acompanhado de videos explicativos e cartazes com informacoes do como, quando, porque e a quem as situacoes/explicacoes se aplicavam. Esta exposicao tem tambem o merito nao ser tendenciosa, mostrando que nao so os judeus sofreram com o Holocausto - muitos foram os grupos sociais, religiosos e politicos que foram afectados, o que as vezes e' esquecido por muitos.

Mas este museu vai mais longe - transporta-nos para os 'campos da morte' atraves dos muitos artefactos que de la foram resgatados e sobretudo atraves de replicas das camaratas onde os prisioneiros viviam e das carruagens onde eram transportados. Uma impressionante replica em miniatura mostra um crematorio por dentro e todo o processo que culminava com a morte de milhares de inocentes... Niguem fica indiferente ao ver estas imagens perturbantes... Aqui sim, podemos ter a nocao concreta do que era viver naquelas condicoes que tantas vezes ja vimos retratadas em filme... Aqui sim, podemos 'sentir' o que foi ter sido 'pessoa nao grata' debaixo do regine nazi... As quase 4 horas que la ficamos, passaram a correr, tal e' o envolvimento que acabamos por sentir. Aconselho vivamente, se por la passarem e se, claro, se interessarem pelo tema.

Depois de um almoco breve, caminhamos em direccao a mais um emblema da cidade - o Capitolio. Aqui o meu guia enganou-me: disse-me que o dito cujo era visitavel, so que nao me disse que tambem era numa base de 'quem chegar primeiro e' que tem bilhete'. Pelo que quando la chegamos, ja nao havia bilhetes para ninguem. Fica para a proxima - limitamo-nos a observa-lo por fora, o que so por si, tambem e' agradavel.


Como o sol estava a aquecer bastante o final de tarde, resolvemos dar uma saltada ao Museu Botanico, para refrescar. Plantas, arvores, cactos e afins, numa exposicao bem cuidada e agradavel. Dali seguimos para o Supreme Court - instancia maxima da justica americana, que ja vimos em nao sei quantas cenas de cinema e tv; e para a Library of Congress, logo ao lado, uma das maiores bibliotecas do mundo, onde se guardam milhares de livros, milhoes de leis, jornais, mapas e livros. Sao dois magestosos edificios, embora nao muito procurados pelos turistas.



A terminar o dia, e depois de comprar as 'souvenirs' da praxe, jantamos nao sei onde, numa esplanada simpatica e concorrida. O regresso ao hotel fez-se calmamente, passando novamente pela Casa Branca, que a' noite merece um novo olhar.

O balanco que faco desta cidade e' bastante positivo. E' agradavel, tem centenas de motivos de interesse, em especial no dominio da cultura e tem a vantagem de se ver bem em poucos dias. E' talvez a cidade mais americana de todas - aqui respira-se nacionalismo e patriotismo por tudo quanto e' sitio. Bandeiras americanas sao mais que muitas, ate nos imans para o frigorifico... Mas se nos abstrairmos de tudo isto e nao nos deixarmos influenciar por este manacial de 'azul, branco e vermelho, com estrelinhas a' mistura', a experiencia pode ser bem interessante.

No dia seguinte sairiamos para Nova Yorque, para o destino final da nossa aventura por terras americanas...

1 comentário:

Anónimo disse...

Como sempre uma escrita leve, que dá vontade de ler mais e mais :-) tenho tanto para ler no teu blog!!!Não li tudo, mas prometo voltar em breve
Beijinhos

Sonusha